ROBALO | um arroz com todos.

Há dias trouxe para casa um robalinho com o tamanho ideal para o meu jantar. Acontece que até chegar a casa recebi um convite irrecusável para ir conhecer mais um restaurante lisboeta. Deixar o peixe no frio para o dia seguinte não me pareceu uma boa opção porque a probabilidade de voltar a aparecer outro convite era grande, de maneira que resolvi congelá-lo.  

Ontem fui dar uma vista de olhos ao que tinha no frio para decidir o que fazer para o jantar. Reparei que tinha alguns vegetais a perder qualidades na gaveta do frigorífico, daí ter decidido usá-los – mas só vegetais? Lembrei-me do robalinho congelado…

Pensei então usar os vegetais todos para fazer um caldo. Fazer filetes do robalo, adicionar as espinhas e cabeça do peixe aos legumes - tudo junto daria um belo risotto, e deu!

Cortei os filetes do peixe e fritei-os numa frigideira antiaderente só com uma golada de azeite, sal e pimenta. A intenção era colocá-los em cima do arroz mas depressa desisti da ideia – adoro ver as lascas de peixe misturadas no arroz. Fica mais "comfort food", não fica?

Cá em casa tenta-se nunca desperdiçar comida, ainda que às vezes aconteça alguns ingredientes começarem a perder qualidades - foi o caso dos brócolos.
Para fazer o caldo juntei os caules dos brócolos e dos coentros, um alho francês, uma cebola, espargos (que também os tinha congelados) e uns brócolos inteiros que estavam em perfeitas condições.
Panela cheia de água, um golpe de azeitesal e pimenta em grão. Tudo a cozer e quando começou a ferver contei uma hora. Apaguei o lume e deixei tudo no tacho para libertar mais sabor até à hora de fazer jantar (aproximadamente 5 horas).

O processo para fazer o risotto foi o mesmo que usei com a cabeça de salmão. Dá trabalho e leva tempo mas os resultados valem muito a pena. 

Este robalinho trazia umas ovas (a-do-ro!). Como eram pequenas e não dava para fazer um petisco delas, decidi fritá-las juntamente com os filetes. Adicionei-as no final com os coentros.

Como deves calcular sobro imenso caldo. O próximo desafio é saber o que vou fazer com ele. Se tiveres alguma dica, partilha comigo!