Maker versus Thinker.

Adoro desenho, ilustrações, colagens e todas as formas criativas com uma linguagem naïve.
Gostava de ter esse dom (se calhar não é dom, é mesmo prática e eu nunca pratiquei desenho). Fico de olhinhos a brilhar quando vejo ilustrações coloridas que por si só contam a história toda sem recorrer a palavras.

O meu processo criativo é diferente. Sou mais do tipo: penso horas, dias e noites a fio, onstruo e destruo, mudo de cor, tiro e ponho linha, sempre de olhos bem cerrados imagino tudo…  e nunca nada no papel.  

E depois? Depois de ter tudo bem imaginado, agarro na tesoura e zás! Materializo, dou-lhe forma, ajusto, retoco et voilá! (às vezes corre mal)

O que me levou a pensar na minha forma de ser designer foi realmente este novo desafio que abracei, a TOMAZ. Sendo eu designer de interiores e ter trabalhado na área durante muitos anos, achava que a transição para o design de produto seria mais difícil, ainda que se tratasse essencialmente de uma redução de escala, ou seja, em vez de trabalhar à escala 1/50 passaria a trabalhar à escala 1/1.
A surpresa boa é que não tem sido nada difícil até porque tudo é mais rápido ver concretizado.

O processo continua a ser o mesmo: penso, penso, penso, visualizo no meu imaginário e materializo – é um bocadinho ao contrário de quando somos crianças e brincamos com objectos à escala pequena mas imaginamos sempre à escala real. 

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