Vida d'Objecto | A Caneca Que Agora É Minha.
Tenho uma cena por canecas.
Adoro canecas.
Tenho montes de canecas, mesmo aos montinhos por serem tantas e não ter espaço no armário para alinhá-las uma a uma.
É o primeiro objecto que uso pela manhã (com o primeiro e último café do dia).
Esta que partilho contigo era da minha avó Maximina. Também era minha quando bebia cacau na sua cozinha – pó de cacau com água quente numa mão, um papo-seco cheio de manteiga na outra: tão bom!
A memória que ficou dela era duma caneca robusta e ao mesmo tempo delicada, proporções certas, formas bonitas, pormenores interessantes sem fazer deste objecto antiquado (como achávamos que os nossos avós eram).